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Quantos de vocês se questionam sobre o vazio que sentem? Ou então a pergunta “quem sou eu?” surge na vossa cabeça sistematicamente?
Talvez fiques confuso, porque,com tudo o que se passa na tua vida, com todos os objetivos conquistados, com todas as batalhas ganhas, não era suposto sentir um vazio. Ou, pelo contrário, não se passa nada, associas a falta de acontecimentos à razão pelo qual o vazio existe, e inicias a busca pelo seu preenchimento, achando que assim deixas de o sentir.
A verdade é que somos só metade de nós mesmos. Nós somos o Eu inferior e lá em cima está o nosso Eu Superior. Temos uma componente divina, mas tu só conheces a componente humana. E nisto, a componente divina serve-se da humana para colher experiências no mundo da matéria, na Terra.
Porquê caracterizar como Inferior ou como Superior?
Superior porque é a parte divina do nosso Ser. Divina no sentido de ser mais elevado, pois procura a nossa evolução. Contêm um plano para esta vida e espera ansiosamente que a nossa parte inferior a cumpra. O sentimento que impera é o Amor.
Inferior porque é a parte humana do nosso Ser. Reinam sentimentos mais pesados, nomeadamente sentimentos ligados ao Ego, como, medo, raiva, culpa, preconceito, etc. Nós chegamos à Terra e esquecemo-nos do nosso acordo e dos planos traçados pelo nosso Eu superior. Somos engolidos pela vida terrena e por tudo o que a compõe de tal maneira que vivemos completamente ao acaso e rodeados de inseguranças. O sentimento queimpera é o Medo.
O Eu inferior é composto por corpo e alma. Corpo é a estrutura física. É o que vês quando te olhas no espelho. É denso, pois é constituído por matéria (ossos, órgãos, etc.). A Alma é um pouco mais elevado, elemento formado pelo conjunto do corpo mental e corpo emocional. Mais elevado, pois não é palpável. Contêm sensações, afetos,emoções, desejos, pensamentos, decisões, raciocínios.
O Eu Superior é composto pelo nosso espírito. Nossa realidade essencial e é representada por uma centelha divina chamada de mónada. Elemento mais elevado que constitui a parte divina de nós e deveria ser, o supremo regulador das nossas atitudes na vida. Mas estamos cada vez mais afastados dessa realidade. Quem comanda é o Eu inferior. Todos os dias, a maior parte das pessoas faz tudo automaticamente em padrões determinados pela preocupação e o medo.
O problema reside na inversão de domínio. O canal de ligação entre o nosso querido espírito e os nossos corpos inferiores foi interrompido ou obstruído. É necessário reconstruir esse elo o que, por si só, se torna um dos grandes objetivos das reencarnações à Terra. A intenção é de sermos conduzidos pelo nosso Eu Superior e que isso se torne a nossa realidade. Assim, estaremos cada vez mais próximos de não precisar mais mais de reencarnar, pois atingiremos o nível de expansão da consciência da conexão com os domínios do nosso espírito que nos liberta da escravidão dos corpos terrenos.
A importância de entregar o comando ao nosso Eu Superior
O nosso Eu Superior está situado muito lá em cima, encontra-se a pairar em dimensões celestiais. Ele vê tudo o que acontece e sabe tudo o que aconteceu, numa perspectiva muito ampla. Ele sabe tudo. Enquanto que nós, personalidades, não vemos para além disso mesmo, vemos o que os sentidos físicos nos dizem. E como isso é praticamente nada, achamos que somos apenas uma linda e sofisticada máquina física que por acaso, tem uma consciência associada. Pois bem, somos precisamente o contrário. Somos uma consciência capaz de gerar um corpo físico.
O nosso Eu Superior quer projetar-se para baixo, para assim conseguir colher as experiências e consequentemente as evoluções necessárias para si próprio. Nosso dever é facilitar essa comunicação e seguir as indicações do nosso Ser.
Neste momento no Mundo, a personalidade domina a individualidade. E a personalidade vive de lamentações, em constante vitimização, vive de revoltas e de fugas. Dando um exemplo: porque é que é um orgulho ter uma personalidade forte? Porque achamos que temos de nos proteger constantemente, de ser o melhor. Isso é viver no medo. No medo de se magoar, no medo de não ser suficiente.
Vê as coisas desta maneira: Tu és o teu Eu Superior. Apenas chegaste aqui à Terra como se fosses uma extensão dele. Ele decidiu com toda a liberdade que possui experimentar uma vida terrena. Então foste dividido. Daí sentires um vazio. Sentes falta de ti mesmo, da tua verdade. Mas para sobreviveres minimamente aqui em baixo estás munido do famoso Ego (Eu inferior) que é muito denso. É só medo, preocupações, culpa e julgamentos. Por isso, sentes-te mal, claro, vives com medo. Passas a viver com medo, quando antes, em uno com o teu Eu Superior não o sentias. Agora vives em estado permanente de sobrevivência e em piloto automático, chegando ao ponto de já não te lembrares do que eras. Estás desamparado. O teu Ser real é o teu Eu Superior. Vens aqui por ele, ou seja, por ti mesmo. Vens cumprir o que tu próprio planeaste. E se sentes saudades... como extensão de algo divino, conténs muitas capacidades, nomeadamente, reconectar com o teu Eu Superior.
Então vai ter contigo próprio e relembra-te de quem és e do que vieste aqui fazer. E cumpre. Respeita-te, ama-te e cumpre. Porque tu és o teu Eu Superior. E o Eu Superior é um Ser divino, ou seja, uma de muitas manifestações de Deus. É o Deus que devia regular o teu Eu inferior, todos os dias.
E tu perguntas: - “Isso é muito vago, mas quem sou eu enquanto Eu superior?”. És amor. Se vives infeliz rodeado de medos, é porque ainda precisas de existir por amor.